30 de abril de 2016

A necessidade de identificar o aluno superdotado

Os superdotados representam um grupo que é pouco compreendido e negligenciado. Há uma escassez de programas específicos, direcionados para o atendimento desse grupo (Fleith, 2002). O posicionamento do MEC em relação às legislações pertinentes a este grupo, se dá através da divisão dos indivíduos superdotados em alguns tipos, de acordo com a área de habilidade que apresentam, quais sejam: intelectual, social, acadêmico, criativo, psicomotor e talento especial (Brasil, 1995, p. 13). Dentre essas categorias, encontram-se na literatura algumas características comuns, tais como a curiosidade, autoiniciativa, originalidade, flexibilidade de pensamento, aprendizado rápido, fácil e eficiente e o raciocínio rápido, como apontam Almeida e Cappelini (2005).



A identificação precoce das altas habilidades é fundamental, uma vez que estes alunos demandam pronto atendimento, objetivando o pleno desenvolvimento de suas capacidades e ajustamento social, como retratam Almeida e Cappelini (2005).
Alencar (2003) coloca que o que tem sido amplamente discutido com relação ao aluno que se destaca por um potencial superior é que o ambiente educacional típico não está preparado para atender de forma adequada as necessidades desse aluno. De modo geral, o ensino regular é direcionado para o aluno médio e abaixo da média, e o superdotado, além de ser deixado de lado neste sistema, é visto, muitas vezes, com suspeita por professores que, por sua vez, se sentem ameaçados diante do aluno que questiona, que os pressiona, muitas vezes, com suas perguntas e comentário. A autora ainda aponta que, ao perguntar a alguns professores como se sentiriam caso soubessem que receberiam alunos superdotado em sua classe, muitos responderam que preferiam que isto não ocorresse, uma vez que esse aluno poderia constituir problema em classe. Tal dado sugere as dificuldades de muitos para lidar com os alunos que se destacam por um potencial superior e o reduzido grau de preparação docente para favorecer o desenvolvimento mais pleno do potencial humano.
Seeley (1985) menciona que professores sem capacitação ou conhecimentos na área da superdotação tendiam a serem desinteressados ou até mesmo hostis com relação ao aluno superdotado; apresentavam atitudes negativas que levavam alunos com Altas Habilidades a modificar o seu comportamento em sala de aula, se auto-sabotando, e escondendo suas habilidades e facilidades para se assemelharem a seus colegas sem estas habilidades, talentos e competências pudessem se sobressair, o que considera-se “nivelar por baixo”.
Alencar (2003) lembra que dificuldades de ajustamento podem ocorrer diante da falta de atendimento educacional especial, falta de capacitação dos professores e conhecimento do assunto por parte deste, principalmente em casos de alunos com QI extremamente elevado, que seriam mais sujeitos a enfrentamento de problemas de ajustamento e dificuldades emocionais, que são menos frequentes entre superdotados que não apresentam um QI extremamente elevado. Hollingworth (1942) demonstrou que esses alunos não se empenhavam na escola, passavam tempo alheios e sonhando acordado e, para eles, a frequência à escola era tida como perda de tempo, dada a distância entre as demandas da escola e as suas competências pessoais.

Artigo de Cláudia Hakim, do blog "Mãe de Crianças Superdotadas", publicado no Site, Almanaque dos Pais. 

 http://www.almanaquedospais.com.br/necessidade-de-identificar-o-aluno-superdotado/


27 de abril de 2016

Convite Especial


A Sala de Recursos para Alunos com Altas Habilidades/Superdotação tem a honra de convidar para a palestra que será proferida pela Dra. Olzeni Ribeiro, no dia 11/05/2016(quarta-feira), às 9h no auditório da UNB Campus Ceilândia.

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5 de abril de 2016

Iniciação à Pesquisa Científica

             Hoje nossos alunos participaram da Palestra de Iniciação à Pesquisa Científica, ministrada pelo professor Gilberto Luís Silva ( coordenador do Movimento Científico Norte Nordeste do Estado do Pará/Coordenador de incentivo a Pesquisa da Secretaria Municipal de Educação de Barcarena- Pará, Pesquisador do CNPq), em parceria entre a APAHSDF e a Diretoria de Educação Especial da SEDF, envolvendo as salas de recursos AH/SD com intuito de estimular o interesse pela ciência e o desenvolvimento de pesquisa vinculada à produção científico-tecnológica. Com certeza depois dessa experiência enriquecedora, muitas produções surgirão!















2 de abril de 2016

Circuito de Feiras do Livro



         De 28 a 30/03/16,  foi realizado o Circuito de Feiras do Livro, na Biblioteca Pública de Ceilândia. O Circuito de Feiras do Livro é uma iniciativa da Secretaria da Cultura, em convênio com a Secretaria de Educação, e conta com 420 horas de atividades dedicadas à promoção da leitura e da literatura. 
       Os alunos da Sala de Recursos visitaram o espaço nos dias 28 e 29/03 e foram surpreendidos com apresentações, de cordel e poema à mediação de leitura e palestras com autores dos livros.
                         
  •   Momento  com o escritor e ilustrador André Neves                           






























  • Momento com o escritor, educador e contador de histórias César Obeid.



  • Momento com o escritor e ilustrador Ivan Zigg.







Contação de História




O Circuito de Feiras do Livro do DF, continua em outras regionais até 27/04, confira o cronograma!



O universo das crianças com altas habilidades

O universo das crianças com altas habilidades

REDACAO 20 DE FEVEREIRO DE 2013 0
Foto: DivulgaçãoAtingindo uma porcentagem de 3 a 5% de qualquer comunidade, os superdotados são aqueles indivíduos com habilidades especiais, que têm características muito específicas, além da inteligência acima da média.
“E esse índice pode se elevar a 15% se forem levados em conta todos os tipos de habilidade (musical, corporal, artística etc.)”, orienta Ada Cristina G. Toscanini, presidente da APAHSD – Associação Paulista para Altas Habilidades / Superdotação.
Na verdade, os superdotados, por serem mais sagazes que a maioria das pessoas, precisam de uma atenção especial de pais e educadores para conseguirem um aprendizado de qualidade.
“Trata-se de uma criança normal que possui mais facilidade de aprendizado e por isso tem maior curiosidade”, prossegue a profissional, que esclarece ainda que educar tais indivíduos não é como na maioria dos casos, o que provoca muitas dúvidas e os erros que se cometem com essas crianças são muitos e alguns, irreparáveis.
“A criança superdotada questiona a autoridade, não obedece facilmente regras, não gosta de fazer tarefas repetitivas (de fixação), normalmente por estes problemas os professores acabam abaixando as notas, colocando eles para fora da sala de aula, ou ainda chamando aos pais falando que os filhos não têm limites, que são muito inquietos (hiperativos) e que se desconcentram e desconcentram os outros com muita facilidade. Criança Alto-Habilidosa deve fazer tarefas diferenciadas, desafiantes”, revela AdaCristina.
A profissional ainda dá outra dica: “Normalmente a criança Alto-Habilidosa é feliz e se sente bem quando estimulada dentro da área em que apresenta a Superdotação. Em São Paulo, a Associação Paulista para Altas Habilidades / Superdotação trabalha neste sentido através de projetos cujos temas são escolhidos pelos próprios AH’s (Alto Habilidosos)”.

UMA ESCOLA COM FOCO

AdaCristina esclarece, também, que não é qualquer escola que consegue estimular a criança para o estudo.
“Para este tipo de aluno, a escola regular é entediante, não conseguem se sociabilizar, não são entendidos nem atendidos, o que prejudica o desenvolvimento do processodeaprendizagem”, lastima.
“Quando se trata de crianças com Alta Habilidade Cognitiva é fundamental enriquecer os planejamentos de ensino e seus conteúdos. Já aquelas crianças com Alta Habilidade não Cognitiva devem ser orientadas a desenvolver suas habilidades onde correspondam: clubes, conservatórios ou instituições específicas”, conta Ada.

Foto: Divulgação

Se você identificou estas características com seu filho, procure ajuda profissional para receber uma orientação mais específica. Assim ele será muito mais feliz.

ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DA CRIANÇA SUPERDOTADA:

  1. Aprende fácil e rapidamente.
  2. É original, imaginativa, criativa, não convencional.
  3. Pensa de forma incomum para resolver problemas.
  4. É persistente, independente, autodirecionada (faz coisas sem que seja mandada).
  5. Persuasiva, é capaz de influenciar os outros.
  6. Mostra senso comum e pode não tolerar tolices.
  7. É esperta ao fazer coisas com materiais comuns.
  8. Tem muitas habilidades nas artes.
  9. Entende a importância da natureza.
  10. Tem vocabulário excepcional, é verbalmente fluente.
  11. É flexível e aberta.
  12. Versátil, tem múltiplos interesses, alguns deles acima da idade cronológica.
  13. Mostra sacadas e percepções incomuns.
  14. Apresenta excelente senso de humor.
  15. Resiste à rotina e à repetição.

CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS, SEGUNDO DAVIS & RIMM, 1994:

  • Hábitos de estudo ruins
  • Pressão de conformidade: esconder talentos para ser aceito pelos pares
  • Dificuldades em aceitar críticas
  • Dificuldades nos relacionamentos sociais e isolamento dos pares
  • Não conformidade e resistência à autoridade
  • Frustração intelectual na vida diária
  • Ansiedade
  • Depressão
  • Desenvolver uma filosofia de vida satisfatória.
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Associação Paulista para Altas Habilidades/Superdotação – www.apahsd.org.br