20 de setembro de 2011

Maria Clara Sodré recebe prêmio pela inclusão escolar de superdotados

Olheira de gênios em favelas

Pedagoga seleciona e oferece cursos a crianças superdotadas de comunidades do Rio

Rio - Elas são crianças como as outras. Gostam de jogar bola e bater papo no Facebook. Mas quando o assunto é Matemática ou Língua Portuguesa, são muito diferentes: querem saber sempre mais, encontrar uma chave própria para resolver problemas e não sossegam enquanto não vencem o desafio. A questão é que essa habilidade corre o risco de ser deixada de lado em comunidades pobres, sem estrutura e diante de dificuldades urgentes. Não se depender da pedagoga Maria Clara Sodré.
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Ela e sua equipe trabalham há 10 anos com superdotados carentes. Diretora do Instituto Lecca, cujas salas de aulas ficam atrás da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, no Passeio Público, ela recebeu de O DIA a medalha ‘Orgulho do Rio’. "Fico muito feliz de fazer parte da história do jornal, sobretudo pela oportunidade de lançar luz sobre as necessidades das crianças superdotadas de baixa renda”, comentou.

Com doutorado nos EUA,Maria Clara é especialista em lidar com essas crianças que aqui não têm atenção: “Como estão à frente da turma, os superdotados são dispersos ou bagunceiros. As diretoras querem se ver livres deles”.
Sem recursos para atender a todos, ela escolhe 24 alunos por ano, num teste com 2.500 indicados por 40 escolas. Se empatar, vence o mais pobre. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 2% da população infantil é superdotada.
Estudantes têm aulas extras no contraturno
O Instituto Lecca atende 48 alunos considerados superdotados em dois turnos, com 24 estudantes em cada um deles. Quem estuda na rede pública pela manhã assiste às aulas no instituto no período da tarde e vice-versa.
Eles cursam os dois anos finais do Ensino Fundamental e são preparados para disputar vagas nos melhores colégios da rede pública, como o Pedro II, o Colégio de Aplicação da Uerj e o Colégio Militar. Geralmente, passam todos, e com as melhores colocações. Uma vez nas escolas, é comum que se dediquem a auxiliar outros colegas, conta Maria Clara.

Fonte:http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2011/9/olheira_de_genios_em_favelas_192999.html

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